quinta-feira, junho 30, 2011

Convite à avaliação da festa de 2011

Passada quase uma semana sobre o dia de S. João, acalmados os espíritos do fogo da paixão (que, no entanto, não morre), é boa altura para, com cabeça fresca, avaliar o que correu bem e o que correu menos bem na festa deste ano.
Fica, pois, aqui o convite para as opiniões de quem quiser pronunciar-se. Tudo pode ser comentado: o programa das noitadas, o modo como correu o dia 24, desde a manhã até à noite, a acção da comissão de festas, a prestação dos principais figurantes, entre outros aspectos. É altura, também, para fazer sugestões para o futuro e, desde logo, para a festa de 2012.Peço apenas que sejam evitados ataques pessoais e que se procure manter um registo construtivo, mesmo quando as opiniões forem negativas (de outro modo, os comentários serão retidos). Aqui fica, pois, o desafio.

quarta-feira, junho 29, 2011

Imagens da Festa de 2011 (2ª parte)

Nova remessa de fotos da festa deste ano, incluindo a da Juíza da festa de 2012 e a da nova imagem de S. João que se encontra num altar próprio na igreja paroquial:










terça-feira, junho 28, 2011

Imagens da Festa de 2011 (1ª parte)

Aqui fica um primeiro conjunto de imagens da festa deste ano:





quinta-feira, junho 23, 2011

Informações práticas para quem é de fora e quer ir à festa

1. Que festa é esta? Que tem de especial?
Se não conhece a Bugiada e a Mouriscada, convido a ler um texto rápido de apresentação, clicando no artigo da Wikipedia "Festa da Bugiada". Se tiver interesse e um pouco mais de tempo, também poderá ler um documento um bocado mais extenso clicando AQUI.

2. Como se vai para Sobrado?
Depende de onde é a partida. Do Porto, o mais prático será chegar a Sobrado pela A4, saindo em Campo (a primeira saída, depois de Valongo). Pode ir também pela A41 e sair precisamente onde diz Sobrado (consultar o mapa abaixo).

3. Há transportes públicos?
É possível ir de nos autocarros dos STCP até Valongo (ou de comboio, a partir da estação de S. Bento ou de Campanhã) e utilizar os autocarros gratuitos que partem de junto da Câmara Municipal de Valongo, entre as 11 e as 13 horas e as 15 e as 21h para fazer os 5km que separam esta cidade da vila de Sobrado (e regresso). Do Porto também saem autocarros (embora com menor cadência do que nos dias úteis, por ser feriado tanto no município do Porto como no de Valongo). A VALPI (que sai da Praça Humberto Delgado, mesmo no centro da cidade) e a Empresa de Transportes Gondomarense (que desce a Rua Passos Manuel e pára no início da Rua Sá da Bandeira) tem carreiras que passam em Sobrado.

4. Para quem vai de carro, é fácil estacionar?
Há muita gente e deve contar com dificuldades de aparcamento. Mas a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, em colaboração com a Comissão de Festas, organizaram seis parques de estacionamento em todas as entradas para a zona da Festa. Esses parques estão devidamente assinalados e haverá brigadas da GNR a sar informação e gerir o trânsito. Quem quiser consultar um mapa com a localização das zonas dos parques, pode clicar AQUI.

5. Para almoçar ou petiscar como fazer?
No arraial situado no Largo do Passal, onde decorrerão os princiais momentos da Festa, há uma espécie de "praça da alimentação" e há cafés e snacks na zona.

6. A que horas é aconselhável chegar e a que horas termina?
Quem quiser ver tudo, deverá estar em Sobrado por volta das 8h30. Mas se isso não for possível, uma boa hora é o meio dia, porque pouco depois decorrem as "Danças de entrada", começando na zona da Capela das Alminhas e indo, depois, até às imediações do adro da igreja. Se só puder chegar de tarde, então a sugestão vai no sentido de estar no local por volta das 17 horas. Até ao fim, ou seja, por volta das 21 horas, ainda tem muita coisa que ver (a Dança do Cego, a Prisão do Velho, a Dança do Santo). Recorda-se que haverá autocarros gratuitos de Sobrado para Valongo, durante a tarde e até ao fim da festa.

Zona em que fica situada a Vila de Sobrado





















Zona do Passal, onde decorre a maior parte dos momentos da festa

quarta-feira, junho 22, 2011

"Sobrado revive a paixão da Bugiada"

Vídeo dos ensaios de 2011, feito pelo JN e publicado no site em 22.6.2011, ilustrando a peça "Sobrado revive a paixão da Bugiada":

Estudiosos da cultura popular em Sobrado


Pessoas que se dedicam a pesquisar sobre festas populares ou, simplesmente, sobre as culturas populares, vão estar também este ano em Sobrado.
Que tenhamos conhecimento, estará presente o Prof. Osvaldo Meira Trigueiro, da Universidade Federal da Paraíba, Brasil, e membro da Folkom - Rede Brasileira de Pesquisadores da Folkcomunicação. Ele dedica-se a estudar as festas populares no contexto da sociedade mediática, especificamente as festas do "ciclo junino" – São João/Santo António/São Pedro - no Nordeste brasileiro. Esteve já em Lisboa, para o Santo António e já passou rapidamente por Sobrado, para reconhecimento do terreno, voltando nesta sexta-feira.
Outra académica que também estará em Sobrado será a Prof. Egídia Souto que, além de outras actividades culturais, é professora de cultura portuguesa na Universidade da Sorbonne em Paris. Egídia Souto tem a particularidade de ser natural de Alfena, ainda que nunca tenha tido a oportunidade de conhecer a festa de Sobrado. Em Setembro, vai dar um seminário sobre festas populares e gostaria de poder abordar as Bugiadas e Mouriscadas.
Outra investigadora que tem em curso uma investigação sobre festas de mouros e cristãos é Marjoke Krom, de nacionalidade holandesa, mas a fazer o seu doutoramento na Universidade Nova de Lisboa e que tem estado em Sobrado nas festas dos últimos anos. É precisamente o seu tema de estudo que a impede de vir este ano, uma vez que está a fazer trabalho de campo sobre uma outra festa deste tipo no coração do Brasil.
Certamente outros pesquisadores virão, mesmo sem se fazerem anunciar previamente. Serão, certamente, bem recebidos.

segunda-feira, junho 20, 2011

Uma festa entranhada na vida dos sobradenses

Fala-se da Festa de S. João de Sobrado sobretudo - ou quase só - por causa dos Bugios e Mourisqueiros, das suas danças e das suas lutas. Mas a festa compreende muito mais:
- os ensaios, nos quatro domingos anteriores;
- as cenas de crítica aos acontecimentos do ano
- os rituais agrícolas e a dança do cego;
- e, claro, o arraial, com as bandas e artistas convidados.
É provável que haja em Sobrado quem se interesse apenas por este último aspecto. A maioria talvez goste um pouco de tudo. Os sobradenses realmente conhecedores da memória e identidade da freguesia não podem dispensar os três primeiros elementos. Estes é que fazem a tipicidade de Sobrado. O arraial existe em muitas terras.
Mesmo que não houvesse Comissão de Festas, haveria Bugiada e Mouriscada e tudo o mais. Conta-se que, no passado, já se chegou às vésperas do dia 24 sem Comissão e com tudo por fazer. Mas a festa tradicional, essa, fez-se na mesma.
É por isso que se entende o comentário do presidente da Comissão deste ano quando diz, em declarações ao Jornal Novo de Valongo, que o arraial, sem perder qualidade, "vai ser mais económico, devido à situação que se vive". Mas - acrescenta - "o dia de S. João vai ser exactamente igual ao que tem sido; não cortámos em nada que faz parte da festa".
Para o essencial não falta quem queira e vá participar. Aí não há crise que se note. Pelo contrário: frequentemente, os momentos e tempos de dificuldade aguçam o engenho, espevitam a necessidade de romper, ainda que por um dia, com as preocupações e os sofrimentos. Ser Bugio ou Mourisqueiro é experimentar uma nova forma de existir e adquirir ou revigorar uma identidade individual e, ao mesmo tempo, fortalecer e aprofundar a identidade colectiva. A máscara é, aqui, uma porta que abre para o lado nocturno e misterioso de cada um. Ser Mourisqueiro é iniciar-se na vida social (masculina), assumir um estatuto que só termina com o casamento. A indumentária, as polainas, a espada e a barretina conferem uma posição e abrem caminho a uma "carreira", que aponta, para os melhores, ao posto de Reimoeiro.
Na Festa de S. João de Sobrado, a festa cruza-se com a vida real em cada esquina, em cada hora. Por isso ela própria, sendo um tempo fora do tempo, é também parte indestrinçável do tecido de que é feita a vida dos sobradenses. E, por enquanto, os sinais visíveis não contradizem esta ideia.

domingo, junho 19, 2011

Tremoços no último ensaio

Terminou hoje a série de quatro ensaios públicos da Bugiada e Mouriscada, que antecedem a festa de S. João. Neste ultimo ensaio, é costume a Comissão de Festas oferecer aos integrantes de uma e outra formação, bem como aos músicos e ao caixa, tremoços, broa e vinho. Hoje a tradição voltou a repetir-se.
As semanas que antecedem a festa são de uma intensidade invisível mas muito elevada. É necessário às centenas de integrantes das danças e de outros trabalhos da festa arranjar os trajes e outros adereços; candidatar-se às várias funções que ocorrem na tarde do dia 24 (Cobrança dos Direitos, Lavra da Praça e Dança do Cego). Várias destas tarefas são competência do velho da Bugiada e do Reimoeiro. Como, por exemplo, a obtenção e transporte dos pinheiros e das tábuas para a construção dos castelos - actividade ontem concretizada, como mandam os costumes.
Tudo se prepara, por conseguinte, para que a festa decorra com organização e qualidade. A única surpresa, que só no próprio dia se desvendará, consiste em saber quais são os assuntos que vão servir de motivo às cenas de crítica aos acontecimentos do ano em Sobrado, no município, no país ou no mundo. Os protagonistas dessas representações também devem estar a preparar-se e a ensaiar, mas no segredo dos deuses, para que o efeito de surpresa seja maior.


Crédito das fotos: Fábia Pinto (em cima) e Miguel Martins (em baixo)

Nova imagem de S. João

Foi hoje benzida a nova imagem de S. João, que figura no respectivo altar, na igreja matriz de Sobrado.
A nova imagem foi uma oferta do benemérito sobradense Sr Generoso Ferreira das Neves, a trabalhar e residir no Rio de Janeiro, ligado ao sector dos transportes colectivos.
A benção do novo altar teve lugar durante a eucaristia das 11h30, com a presença do doador e família, bem como da Comissão de Festas.. A imagem deverá figurar na procissão, no dia de S. João, na próxima sexta-feira.

sábado, junho 18, 2011

Valongo (e Bugiada) será sede da Rede Ibérica da Máscara

Os representantes das instituições de Portugal e Espanha presentes na reunião hoje realizada em Sobrado aceitaram com entusiasmo a disponibilidade manifestada pela Câmara Municipal de Valongo, no sentido de esta cidade passar a ser a sede provisória da Rede da Máscara Ibérica.
A reunião, que decorreu no Centro Social e Cultural de Sobrado (CSCS), discutiu também os estatutos da futura entidade e aprovou um protótipo de logotipo. A decisão final em todas estas matérias será tomada numa reunião alargada a todos os sócios fundadores, a ter lugar em Zamora (Espanha), em Setembro ou Outubro próximo.
O anfitrião da reunião, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valongo Dr João Paulo Baltasar (juntamente com o promotor, Helder Ferreira, da Progestur) proporcionou uma visita ao espaço de interpretação na área protegida das Serras de Santa Justa e Pias orientado pela Dra. Isabel Oliveira, Directora do Departamento da Cultura, Turismo e Património Histórico, que guiou igualmente a descida ao Fojo das Pombas. O almoço foi servido sob a ramada de um moinho junto ao rio Ferreira, em Couce. Participaram, pela Bugiada, além da Câmara, o presidente da Junta de Freguesia de Sobrado, Carlos Mota e o presidente da Associação da Casa do Bugio, António Pinto e este que escreve esta nota.
No fim, e de novo no CSCS, foi projectado o Filme "Bugiadas", com base na capatação de imagens da festa de S. João de 1977, realizado por Ângelo Peres.

quarta-feira, junho 15, 2011

Rede da Máscara Ibérica vai reunir em Sobrado

Tem lugar neste sábado em Sobrado a segunda reunião da Rede Ibérica da Máscara. A organização local cabe à Câmara Municipal de Valongo, cabendo a iniciativa à Progestur - Associação para a Promoção, Gestão e Desenvolvimento do Turismo Cultural em Portugal.
A reunião, que dá seguimento àquela em que foi realizada em Março último na cidade espanhola de Zamora, irá debater uma proposta de estatutos e de regulamento para a Rede da Máscara Ibérica, realizar-se-á a partir ds 10hoo no Centro Cultural e Social de Sobrado. Da parte da tarde, os participantes farão uma rápida visita a alguns pontos de interesse no Município e verão também um filme sobre a Festa da Bugiada.

terça-feira, junho 14, 2011

Facebook - Um dos casos deste S. João

A página da festa de S. João de Sobrado no Facebook tem-se vindo a tornar num dos casos emblemáticos da edição 2011 desta tradição popular.
A página, criada a 30 de Maio por iniciativa de Fábia Pinto, ela própria a desenvolver trabalhos de artesanato e pintura tendo como motivo a Bugiada e, enquanto professora, a organizar iniciativas ligadas à festa com crianças da Escola de Paço, a página, dizia, intitula-se S. João com Tradição - Bugiada de Sobrado, e não tem parado de registar adesões. Se, ao fim de dois dias, já havia algum espanto com o número de 'amigos' na casa das duas centenas, maior será o espanto quando, 15 dias depois, esse número avança para os 650, envolvendo pessoas de Sobrado, emigrantes e outras gentes interessadas na festa, algumas a residir bem longe.
Um dos aspectos mais interessantes que as participações têm permitido fazer vir ao de cima é o do acervo fotográfico antigo que várias pessoas têm publicado, um ponto fulcral para a memória da Bugiada e da Mouriscada, que este blog já tinha tentado incentivar, sem sucesso, diga-se.

sábado, junho 11, 2011

As origens da festa e a pergunta sem resposta

O primeiro livro que escrevi teve por tema a Festa da de S. João de Sobrado. Tal como este blog, intitulava-se "Bugios e Mourisqueiros" e contou com fotos a preto e branco da autoria de Armando Moreira (Marco), natural do concelho de Paredes e repórter fotográfico do Jornal de Notícias, onde eu trabalhava então, também, como jornalista. O livro foi editado pela Associação para a Defesa do Património Natural e Cultural do Concelho de Valongo, por empenhamento e interesse pela festa da respectiva Presidente, a Dra Fernanda Lage. Tratou-se de um trabalho académico que eu tinha redigido em 1979, quando era estudante de História, na Faculdade de Letras do Porto, para a cadeira de Etnologia Portuguesa que leccionava o Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida, de grata memória.
Porque é que refiro estes factos? Porque, apesar do sucesso que o livrinho teve quer em Sobrado, quer nos meios de comunicação - julgo que foi o primeiro que se publicou sobre esta festa - me recordei de um episódio, ocorrido algum tempo depois, que merece ficar aqui registado.
Um dia, em que me encontrava no quintal, junto à casa dos meus pais, vi vir, pela cortinha adiante, um vizinho que eu muito estimava e com quem tive muitas e longas conversas - o Tio Zé Espinheira. Ele tocou violino  durante muitos anos, na 'orquestra' que acompanha as danças da Bugiada e era um interessado por muitos assuntos e também pela festa de S. João. De facto ele era um sábio, mesmo sem ter grande instrução (sim, que uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra).
Como dizia, vi aproximar-se o Tio Zé e reparei que fazia menção de me chamar para junto do muro que separava os dois terrenos. Lá fui ao encontro dele e ele atira-me, de chofre, com a sua voz baixa e suave:
- Sabes, já li o livro que escreveste.
- Ah sim? E que achou?
- Aquilo está tudo muito bem. Mas falhaste numa coisa importante. Não respondeste à pergunta principal.
- Não me diga. E o que foi?
- Não explicas lá em que ano é que a festa começou. Isso é que seria importante. O resto já nós conhecemos bem.
Eu ainda tentei explicar-lhe que uma festa como esta, sem documentação histórica conhecida, torna muito difícil datar o seu início. Mas ele, apertando os lábios e fazendo um gesto com a mão, pretendia dizer: pois é, está tudo muito bem, mas continuamos sem saber há quantos anos a festa se faz.
Eu diria, ainda hoje, que só por milagre ou grande sorte, algum dia haverá resposta para a preocupação do Tio Zé Espinheira. Continuamos a ter de dizer, como os nossos avós: "o meu avô já dizia que os pais e avós deles contavam que esta festa era muito antiga no tempo em que viveram".
Sem documentos escritos, teremos de seguir outras pistas. Os trajes, por exemplo, que não devem remontar, no caso dos Bugios, para lá do séc. XVI ou XVII e, no caso dos Mourisqueiros, terão claras influências dos trajes dos exércitos franceses de Napoleão, que invadiram a Península nos princípios do séc. XIX. Mas, como já tive ocasião de referir, há vários indícios que apontam para que o mais antigo desta festa sanjoanina e solsticial seriam alguns rituais como a Lavra da Praça ou a Dança do Cego e que a Bugiada e Mouriscada sejam originárias de números que figuaravam na procissão de Corpus Christi e que a Igreja Católica, no seu afã purificador, foi depurando, a partir sobretudo do séc. XVIII e que poderão ter sido deslocados para o S. João. Mas tudo isto não passa de suposições que carecem de muita e aturada pesquisa. E que muito menos responde à inquietação do Tio Zé do Espinheira, um verdadeiro sábio sobradense com quem muito aprendi e a quem presto aqui a minha singela homenagem.

sexta-feira, junho 10, 2011

Ecos da festa

A Festa de S. João de Sobrado aparece destacada na edição de Maio/Junho da "iPorto -agenda metropolitana de cultura" da Área Metropolitana do Porto, fazendo a seguinte imagem capa da secção "iETC":

quinta-feira, junho 09, 2011

Em Sobrado, há uma guerra por ano, mas é terra pacífica

Há muito tempo, séculos, talvez, que Sobrado conhece pelo menos uma guerra por ano. Mete treinos, espadas, fardas, polainas, 'canhões', combates, tiros de rebentar os tímpanos, assaltos, aprisionamentos, toques de tambor, vítórias e derrotas. Tudo acontece no dia de S. João, a 24 de Junho, mas ao longo de todo o ano há planos de participação nos conflitos, alguma (por vezes muita) tensão no ar. E, no entanto, também se pode dizer que Sobrado não é uma terra violenta. É, pelo menos, em geral, tão pacífica como outra qualquer.
Será que a sua Festa de S. João, o dia maior desses combates rituais e simbólicos, acaba por ser a forma de os sobradenses 'evacuarem' (simbolicamente) a violência real das relações, que é inerentes à vida social? É, em certa medida, essa a tese do sociólogo e antropólogo António Custódio Gonçalves, que faz referência a esta Festa, num seu artigo datado de 1985, publicado na Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto / Geografia (vol. I), intitulado precisamente, "A simbolização da violência social". Transcreve-se aqui a parte (pág. 38) em que surge a referência a Sobrado:

terça-feira, junho 07, 2011

De que se trata, nesta foto?

A foto abaixo relaciona-se com a Festa de S. João, mas refere-se a um momento que alguns poderão não conhecer. Então,as perguntas que deixo são estas:
1. Onde se passa a cena documentada pela imagem?
2. A que momento da festa se refere a foto?
3. Porque é que os Mourisqueiros vão todos desorganizados?
As respostas podem ser dadas na zona de comentários.

quinta-feira, junho 02, 2011

Cartaz e programa da Festa de 2011



•Dia 19
17h00 – Último Ensaio (Tremoços)
•Dia 20
22h00 – Grupo de Dança Brilho da Devesa
22h45 – Grupo de Dança Novo Milénio
Dia 21
21h45 – Grupo de Dança Estrelas da Balsa
22h45 – Banda K-Bisermant
•Dia 22
21h30 – Marchas de S. João
.Dia 23
21h45 – Grupo de dança da Casa do Bugio “Instintos Radicais”
22h30 – Banda Red
23h45 – Sessão de fogo de artifício
00h15 – Actuação de Filipe Pinto

•Dia 24
08h00 – Dança em casa do Reimoeiro
08h45 – Dança em casa do Velho da Bugiada
09h30 – Jantar dos Mourisqueiros na Casa do Bugio
10h00 – Missa Solene com sermão na igreja paroquial
10h15 – Jantar dos Bugios na Casa do Bugi
11h30 – Procissão em honra de S. João
12h30 – Danças de Entrada
13h30 – Dança do Sobreiro
15h00 – Cobrança de Direitos
15h30 – Sementeira
16h00 – Gradar
16h30 – Lavrar
17h00 – Dança do Cego ou Sapateirada
17h30 – Dança do Doce
19h00 – Subida aos castelos e negociação
19h45 – Prisão do Velho
20h15 – Ataque da Serpe e Libertação do Velho
20h30 – Dança do Santo
21h00 – Entrega da Festa
.Dia 25
22h00 – Grupo de Música “Os Canários”
NB - Todos os actos têm lugar no Largo do Passal (a não ser que esteja indicado outro local)